Domingo, 31 De Agosto,2008

Primeiro Clássico acaba com empate

  • Crónica

 

 

 

Lesões, uma expulsão, uma grande penalidade… tudo aconteceu ao Benfica no “clássico” de sábado, relativo à 2.ª jornada da Liga Sagres, mas nem por isso a formação liderada por Quique Flores deixou de mostrar um coração do tamanho do Mundo. Os quase 54 mil benfiquistas presentes na Luz não terão, como é natural, de se contentar completamente com o resultado, mas sim com a impressionante atitude revelada pelos jogadores que vestem de águia ao peito. Uma manifestação de coragem na mesma noite em que os heróis olímpicos benfiquistas também puderam ser aplaudidos de pé pela massa adepta “encarnada”.

O pormenor

Num “clássico” que, ano após ano, apresenta poucos golos como imagem de marca, um pormenor poderia decidir muito. Pormenor esse que, desta feita, aconteceu bem cedo, logo aos 11 minutos, quando Jorge Sousa descortinou uma falta de Katsouranis sobre Lucho e apontou para a marca de grande penalidade. Naquele momento, um balde de água fria tombou sobre uma Luz que aquecia cada vez mais, tal a boa entrada do Benfica em jogo. Naquele momento, o FC Porto ganhava vantagem, pois Lucho não repetiu o erro da final da Supertaça e converteu de forma certeira a grande penalidade. E, assim, pouco fazendo para o merecer, o FC Porto chegava à vantagem.

Sem esmorecer, um Benfica a actuar num 4-4-2 bem aberto (Di María e Reyes em estreia), dispôs duas soberbas oportunidades para empatar logo depois, mas, ora Helton, ora Lisandro (este em cima da linha de golo), detiveram dois remates de Reyes com selo de golo, ambos nascidos em lances de bola parada. O FC Porto assustou-se e reagiu de seguida, obrigando Quim a duas fantásticas defesas em remates cruzados de Lisandro e Rodriguez.

Este último, no entanto, deveria ter ido mais cedo para os balneários quando, aos 26’, não evitou uma entrada sobre Quim depois de chegar atrasado a uma bola que lhe foi endossada. O amarelo mostrado por Jorge Sousa a pecar por escasso, sendo que se juntarmos a esta situação uma outra em que o uruguaio gerou o lance menos bonito, em termos disciplinares, na segunda parte, menos se compreende o porquê de o uruguaio não ter ido mais cedo para os balneários.

A primeira parte, onde o Benfica mostrou futebol agressivo e aberto (com rápidas trocas posicionais, uso das faixas e diagonais, tendo quase sempre Aimar e Reyes como protagonistas), até acabou não sem antes Lucho (o melhor portista) encontrar Lisandro numa das suas habituais diagonais. Após a bola endossada, o remate de primeira, sendo o poste a evitar males maiores para o Benfica.

Saber marcar… e saber sofrer

Se na primeira parte o Benfica não fora feliz, a etapa complementar revelou-se um tremendo teste à sua capacidade de sofrimento. Contra ventos e marés, teve este Benfica de Quique Flores de mostrar o seu estofo psicológico, pois tudo lhe aconteceu. Senão note-se: primeiro Aimar e depois Léo… ambos tiveram de sair por lesão, tendo Katsouranis visto o segundo cartão amarelo por uma falta a meio-campo, um minuto depois de o Benfica ter chegado à igualdade (aos 55’) num cabeceamento de Cardozo, após mau alívio de Helton com os punhos. Uma jogada iniciada por Yebda que numa arrancada do meio para a esquerda desequilibrou a defesa contrária.

Apesar de todas as infelicidades registadas na segunda parte, o Benfica defendeu sempre com uma coragem imensa ao longo da última meia hora e mesmo quando a alargada frente portista (Lisandro, Hulk, Rodriguez e Candeias) parecia estar perto do golo, ou era Sidnei e Luisão a revelarem um enorme acerto, ou era Quim a mostrar toda a sua categoria, segurando um empate que acaba por se ajustar mas que tem um sabor especial para um Benfica que revelou coragem, humildade e maturidade na forma como abordou cada fase do jogo.

 

Benfica: Quim; Maxi Pereira, Luisão, Katsouranis e Léo; Yebda e Carlos Martins; Di Maria, Aimar e Reyes; Cardozo.

Ainda jogaram: Nuno Gomes (50min), Sidnei (65min) e Ruben Amorim (68min).

Golos: Cardozo (55min).

Cartões Amarelos: Katsouranis (10 e 58min), Cardozo (50min) e Nuno Gomes (83min).

Cartões Vermelhos: Katsouranis por acumulação de amarelos (10 e 58min).

 

FC Porto: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Fucile; Fernando, Tomás Costa, Raul Meireles e Lucho González; Lisandro Lopez e Rodríguez.

Ainda jogaram: Guarin (46min), Hulk (62min) e Candeias (81min).

Golos: Lucho González (11min, g.p.)

Cartões Amarelos: Sapunaru (16min), Fernando (20min), Rodríguez (26min), Lucho González (70min) e Lisandro Lopez (81min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

 

 

  • Avaliações

 

"Terá pensado que podia começar o jogo como titular, como em Vila do Conde, mas acabou a entrar na fase mais dificil do jogo para o Benfica para fechar a lateral direita, posição a que não está habituado mas que não estranha em absoluto. Caiu lá muita gente e Ruben, nem sempre bem, bateu-se como pôde tendo em conta as circunstâncias difíceis. (1)", In: Record

 

"Permeável aqui e ali às investidas pelo seu flanco, acabou por ser muito importante, todavia, na fase final do encontro. (6)", In: O Jogo

 

  • Curiosidades

 

Camisolas trocadas

 

No final do jogo, multiplicaram-se os cumprimentos entre os jogadores, mas houve um especial: Ruben Amorim e Rolando trocaram o Belenenses pelos adversários de ontem, mas também as novas camisolas.

 

 

publicado por Frederica às 16:31
link do post | comentar | ver comentários (10)
Segunda-feira, 25 De Agosto,2008

Empate em Vila do Conde (1-1)

  • Crónica

 

© GettyImages

 

No nevoeiro de Vila do Conde, coube a Nuno Gomes fazer o papel de justiceiro diante de um Rio Ave tremendamente defensivo e que construiu uma autêntica muralha diante da sua baliza. O avançado benfiquista conseguiu dar o empate ao Benfica, após um golo fortuito do adversário, numa partida igualmente marcada pela lesão de Carlos Martins, que saiu ainda durante a primeira parte. Feitas as contas, uma noite menos feliz neste arranque da Liga Sagres, pois o Benfica criou futebol suficiente para levar de vencida um Rio Ave demasiadamente preocupado em defender o empate.

Maldita barra

Esta foi notoriamente uma noite em que a transpiração substituiu a inspiração. O Benfica cedo se deparou com as típicas dificuldades em voga no campeonato luso, tendo pela frente uma formação compacta, agressiva e cini
camente capaz de transformar uma recuperação de bola num lance de contra-ataque. É certo que, aos poucos, a formação liderada por Quique Flores (que apresentou o mesmo “onze” do jogo com o Inter de Milão) conseguiu colocar em prática a sua condição de favorito, mas sempre em esforço, tal a concentração defensiva de um adversário que, em termos ofensivos, se revelou demasiadamente dependente das investidas de Semedo.

Ora, se bastaram cerca de 10/15 minutos para o Benfica controlar o jogo em termos defensivos, faltou-lhe, ainda assim, ser mais incisivo na hora de expandir jogo pela frente atacante, raras vezes a bola chegando à dupla Aimar/Cardozo. Assim, foi de longa distância que o Benfica procurou encontrar soluções, cabendo a Carlos Martins, com três bons remates, personificar tal tendência. Pena foi que o internacional luso se tenha lesionado (num choque com Yebda) e, apesar da tentativa de se manter em campo, cedido o seu lugar a Fellipe Bastos.

 

Mas o virtuoso jogador benfiquista, ainda antes de sair, teve mesmo nos pés uma excelente ocasião de golo, quando, na sequência de um canto, recebeu a sobra e atirou para boa defesa de Paiva. Do minuto nove ao 36’ muita bola rolou, mas poucas oportunidades se viram, tendo Yebda, nesse momento, voado, novamente na sequência de um canto, para a bola, dando-lhe asas para a barra.

Marcas tu... marco eu

Quique pretendia um Benfica com maior presença na frente e, por isso, apostou em Nuno Gomes, dando o flanco (esquerdo) a Aimar e deslocando Urreta para a direita. E o que é certo é que o Benfica melhorou, sendo quase Sebastiânica a forma como Nuno Gomes, por entre um nevoeiro cada vez mais serrado, cabeceou para o golo do empate no minuto (55’) seguinte ao tento de Semedo, este apontado na sequência de um pontapé de canto da turma vilacondense. Nota no golo benfiquista para o excelente centro do irreverente Urreta.

Assistiu-se, após o tento do empate, à melhor fase da partida, com um Benfica cada vez mais acelerado e a apostar tudo no ataque. Já com Balboa na direita, os “encarnados” mostraram maior capacidade física, obrigando o oponente a defender-se (com unhas e dentes) no seu último reduto. O melhor lance do Benfica surgiu em cima do minuto 90, quando Nuno Gomes isolou Aimar e este picou a bola por cima de Paiva, saindo a mesma um pouco ao lado. Esfumava-se, assim, a possibilidade de o Benfica entrar com o pé direito na Liga Sagres, apesar de ter sido a única equipa a procurar a vitória.

 

Rio Ave: Paiva; Miguel Lopes, Gaspar, Bruno Mendes, Sílvio; André Vilas Boas; Tarantini, Delson, Livramento, Evandro; Semedo.

Ainda jogaram: Ronaldo (Semedo, 72min), Niquinha (Tarantini, 82min), André Carvalhar (Livramento, 90min).

Golos: Semedo (56min).

Cartões Amarelos: Miguel Lopes (45min), Tarantini (69min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

 

Benfica: Quim; Maxi Pereira, Luisão, Katsouranis, Léo; Ruben Amorim, Yebda, Carlos Martins, Urretavizcaya; Aimar, Cardozo.

Ainda jogaram: Fellipe Bastos (Carlos Martins 28min), Nuno Gomes (Ruben Amorim, 46min), Balboa (Urretavizcaya, 70min).

Golos: Nuno Gomes (57min).

Cartões Amarelos: Luisão (78min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

 

© Record

  • Avaliações

 

"Mais uma vez, foi o eleito por Quique Flores para ocupar a ala direita do meio-campo. Com dificuldades para ultrapassar Sílvio, rebricou actuação sensaborona. Faltou-lhe acutilância atacante.", In: Record

 

"Esforçado, tentou virar bem o flanco do jogo com passes longos, mas acabou por não conseguir fazer a diferença no sector intermediário como se lhe exige naquela posição. Não merece apreciação negativa.", In: O Jogo

publicado por Frederica às 16:44
link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 23 De Agosto,2008

1000 visitas

  • Curiosidades

 

 

Com pouco menos de um mês, conseguimos atingir as 1000 (mil) visitas. Não podemos deixar passar esta marca, sem agradecer a todos os que já passaram e continuam a passar regularmente por aqui e que mandam mensagens de apoio ao Blog e ao Ruben Amorim. São gestos pequenos, mas que valem ouro, como esses que dão, a quem actualiza regularmente o Blog, uma força e uma vontade de trabalhar enormes para tornar este espaço cada vez melhor.

 

Não querendo alargar mais, ficamo-nos por um simples, mas sincero:

 

OBRIGADO!

publicado por Frederica às 21:16
link do post | comentar | ver comentários (4)

O primeiro Benfica de Quique

  • Antevisão

 

 

Técnico chama 19 a Vila do Conde

 

Quique Flores deu a conhecer este sábado a sua primeira lista de convocados. Sem poder contar com o herói olímpico argentino Di María, com David Luiz (dá continuidade ao seu programa de trabalho) e José António Reyes (devido a questões burocráticas), o técnico benfiquista não apresentou grandes surpresas, apostando naquela que foi a espinha dorsal da sua equipa ao longo de toda a pré-época.

O Benfica defronta o Rio Ave este domingo, às 21h15, em Vila do Conde, no arranque da Liga Sagres. O último treino antes da partida decorreu este sábado de manhã, no Caixa Futebol Campus, tendo-se realizado à porta fechada. A partida para o Norte do País está marcada para as 17h30.

 

LISTA DE CONVOCADOS


Guarda-redes: Quim e Moreira;
Defesas: Léo, Luisão, Maxi Pereira, Nélson e Sidnei;
Médios: Balboa, Binya, Carlos Martins, Fellipe Bastos, Katsouranis, Ruben Amorim, Aimar, Urreta e Yebda;
Avançados: Cardozo, Makukula e Nuno Gomes.

 

In: SLBenfica.pt

publicado por Frederica às 18:23
link do post | comentar | ver comentários (1)
Sábado, 16 De Agosto,2008

Inter de Milão ganha Eusébio Cup (0-0; 3-4 a.g.p)

  • Crónica

 


© Carlos Rodrigues

 

O Benfica perdeu com o Inter (4-5), em jogo da primeira edição da Eusébio Cup. O encontro terminou empatado sem golos e decidiu-se nos penalties. Mas o resultado parece ser o menos importante. Não pode dizer-se que os 54 mil adeptos, que se deslocaram à Luz, tenham assistido a um bom jogo. Foi, talvez, um bom treino para ambas as equipas. A formação de Mourinho mostrou estar mais organizada e até pode dizer-se que a qualidade individual dos atletas italianos também é maior, mas o futebol é um jogo colectivo. Um grupo coeso pode fazer tombar gigantes.

 

Olhando para o campo, as diferenças iam desde a estatura física à organização táctica. Os jogadores do Benfica corriam muito atrás da bola, enquanto os italianos pareciam não precisar de suar para trocá-la e colocá-la nos companheiros. Os encarnados mostraram vontade, o conjunto de Milão «limitou-se» a fazer «rolar» a bola.

 

Mourinho parecia não estar a gostar do futebol «passivo» praticado pelo seu conjunto. Não basta ser muito «certinho», há necessidade de ter como objectivo fazer golos. Treino, ou não, a verdade é que estava um troféu em causa. E, já se sabe, Mourinho não gosta de perder.

 

O Benfica teve dificuldades em chegar à baliza de Júlio César, porque o 4x3x3 montado pelo treinador português jogou em bloco. Na hora de defender, os defesas e os médios formaram, muitas vezes, uma muralha que parecia intransponível.

 

Poucas ocasiões, poucas emoções

 

Aos dez minutos, uma boa jogada entre Ibrahimovic e Figo quase deu golo para o Inter. Quim defendeu o remate do antigo companheiro de selecção. Cinco minutos depois Cardozo atirou ao poste. Aos 36, o camisola 7 dos milaneses teve uma perdida incrível (mais ainda quando se fala de um jogador com a sua experiência). Ibrahimovic cruzou, Figo falhou o remate, de frente para a baliza. Aos 42 minutos Ruben Amorim colocou Júlio César à prova. Estas foram as melhores ocasiões dos primeiros 45 minutos.

 

Os encarnados aceleraram nos últimos momentos da primeira parte, mas de forma inconsequente. Serviu, no entanto, para acordar o público da Luz, que não teve muitas oportunidades para sentir alguma emoção. O jogo «animou», as bancadas «responderam».

 

Na segunda parte, Quique tirou Ruben Amorim e Urreta e colocou Balboa e Reyes, muito aplaudido pelos adeptos. Ficava a sensação de que poderiam existir mudanças. Certo é que no Inter, sem que existissem substituições, houve alterações. Os milaneses tentaram acelerar um pouco o jogo, mas começaram a revelar-se menos organizados.

 

A equipa da casa parecia equilibrar as contas ou, pelo menos, tentar. Com as entradas de Reyes e Balboa jogou-se mais pelas alas (Urreta mostra imaturidade e Ruben Amorim não é um extremo), mas faltou alguma objectividade.

 

Aproveitar para experimentar

 

Quique Flores fez muitas alterações e seria normal que se quebrasse algum fio de jogo (o pouco que existia). Continuou a existir muita vontade, mas do outro lado voltou a surgir um Inter mais organizado. Ibrahimovic quase marcou aos 72 minutos, valeu a acção de Quim e Luisão.

 

Aos 75 minutos Figo foi substituído. Na Luz ouviram-se aplausos e assobios (talvez daqueles que se esqueceram que este era um jogo particular, uma partida de homenagem).

 

Quique Flores tem ainda muito trabalho para fazer e sabe disso. O treinador disse que era altura de colocar a equipa à prova, pois neste jogo pôde voltar a ver o que tem de corrigir neste Benfica. Há que dar o benefício da dúvida ao espanhol e a este plantel, mas é certo que é preciso acelerar processos.

 

Uma nota para a festa, a homenagem. Eusébio deu o pontapé de saída e todos o aplaudiram de pé. Todos mostraram respeito pela carreira que construiu e pelos sacrifícios que fez pelo futebol e pelo «seu» Benfica.

 

Benfica: Quim; Maxi Pereira, Luisão, Katsouranis, Léo: Yebda, Carlos Martins, Ruben Amorim, Urreta; Aimar, Cardozo.

Jogaram ainda: Balboa, Reyes, Nélson, David Luiz, Nuno Gomes, Fellipe Bastos e Binya.

Golos: nada a assinalar.

Cartões Amarelos: Léo (86min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

Grandes penalidades: Aimar (marcou), Fellipe Bastos (falhou), Reyes (marcou), Nuno Gomes (marcou), Nélson (falhou).


Inter de Milão: Júlio César; Zanetti, Burdisso, Maicon, Maxwell; Muntari, Cambiasso, Stankovic; Figo, Mancini, Ibrahimovic.

Jogaram ainda: Jimenez, Balotelli e Pelé.

Golos: nada a assinalar.

Cartões Amarelos: Stankovic (23min); Pelé (87min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

Grandes penalidades: Maxwell (marcou), Balotelli (marcou), Atankovic (marcou), Ibrahimovic (falhou), Burdisso (marcou), Cambiasso (marcou).

 

© Carlos Rodrigues

 

  • Avaliações

 

"Alternou a desinspiração com a boa gestão da posse de bola que lhe tem sido característica. Uma oportunidade de difícil concretização na cara de Júlio César. (3)", In: Record

 

"Uma vez mais encostado à direita e novamente a deixar boas indicações. Bem a ler o jogo e sem medo de ter a bola no pé, foi ele quem iniciou o lance culminado com a bola atirada ao poste por Cardozo e ainda tentou, ele próprio, facturar. Júlio César fechou, no entanto, todos os caminhos. ", In: O Jogo

 

"Ruben Amorim e Maxi Pereira: um flanco?
Juntos foram uma vez à linha. Ambos devem muito à rapidez e na realidade não são jogadores de ala. Viu-se mais uma vez que sentem dificuldades em construir um flanco. Por outro lado, são fiáveis quando é preciso defender. Percebe-se a opção de Quique Flores, mas o treinador espanhol cedo perceberá que no campeonato português é preciso maior capacidade para desequilibrar. Aliás, a entrada de Balboa ao intervalo é sinal de que começa a sentir necessidade de resolver esta equação.", In: Maisfutebol

publicado por Frederica às 18:16
link do post | comentar
Sexta-feira, 15 De Agosto,2008

Eusébio Cup joga-se hoje

  • Antevisão

 


© Alvaro Isidoro

 

Benfica e Inter de Milão reencontram-se esta sexta-feira às 19h45, na Luz, tendo em vista decidir qual o vencedor da primeira edição da Eusébio Cup.
Trata-se do derradeiro passo na pré-época das formações lideradas por Quique Flores e José Mourinho. É que os "encarnados" actuam já na próxima semana em Vila do Conde, no arranque da Liga Sagres, enquanto os italianos têm pela frente a disputa da Supertaça Italiana.

Trata-se, pois, de uma partida em que a estruturação das equipas e o futebol praticado se aproximarão daquilo que os técnicos desejam para o arranque das competições a sério. E, também por isso, é de prever um espectáculo de grande dimensão num torneio sempre especial, pois homenageia o melhor jogador luso de todos os tempos, Eusébio da Silva Ferreira.

Um passo em frente

Quem parece ter respondido à chamada foram os adeptos, pois são esperados mais de 50 mil esta noite na Luz. Todos eles, decerto, ansiosos por rever o futebol espectáculo praticado pelo Benfica diante do Feyenoord (vitória por 1-0) há uma semana atrás. Agora que mais tempo passou, espera-se um Benfica ainda mais forte e capaz de interpretar os conceitos transmitidos por Quique Flores. Coloca-se nesta altura a questão: irá o treinador benfiquista proceder a alterações relativamente ao último "onze"? Entrará Reyes de início? Dúvidas para desfazer logo à noite.

O teste mais complicado

Já o Inter, privado de vários dos seus centrais e de Adriano, não se apresenta na máxima força, mas entrará em campo com um cartão de visita de impor respeito, pois ao longo da pré-época só sofreu um golo e exibiu-se quase sempre a grande nível. É o dedo de Mourinho... O técnico luso terá ao seu dispor vários craques tais como Javier Zanetti, Cambiasso, Mancini, Ibrahimovic, Crespo e, claro, o português Luís Figo.

Trata-se, pois, do derradeiro (e mais complicado) teste ao Benfica de Quique Flores, esperando os adeptos que a equipa prove que está em condições de, dentro de dias, arrancar em provas oficiais ao nível a que o emblema exige. E, claro, se for possível conquistar a belíssima taça (onde o "Pantera Negra" é retratado em três dimensões), aliando o resultado à exibição, tanto melhor. De qualquer forma, este Inter é fogo...

 

In: SLBenfica.pt

 

 

Na baliza, estará Quim, e à frente do guardião vão figurar Maxi Pereira, Luisão, Katsouranis e Léo. No meio-campo, Yebda e Carlos Martins apoiam os alas Ruben Amorim e Reyes, com Aimar e Cardozo na frente.

 

In: O Jogo

publicado por Frederica às 16:21
link do post | comentar
Domingo, 10 De Agosto,2008

Benfica brilha e convence na apresentação aos sócios

  • Crónica

 

© Alvaro Isidoro

 

«Amo-te Benfica.» Este é o mote do clube da Luz para 2008/09. Pelo que se assistiu em campo frente ao Feyenoord, os encarnados poderão ter motivos para proferir várias vezes o mote escolhido para a nova época. Para além do golo de Cardozo, que garantiu o triunfo frente aos holandeses, assistiu-se a um Benfica que começa a ganhar identidade própria.

 

Numa equipa ainda em construção, fica a ideia que no Benfica de Quique Flores vários reforços têm lugar (quase) garantido. Para o primeiro jogo no Estádio da Luz, o técnico espanhol escolheu um onze com cinco contratados: Yebda, Carlos Martins, Ruben Amorim, Urretaviscaya e Aimar. E foram eles que estiveram mais em evidência.

 

Na defesa as caras são bem conhecidas e todos transitam da época passada. Quim na baliza, Maxi Pereira o eleito para lateral-direito e Katsouranis o preferido para formar dupla com Luisão. Léo, esse, continua de «pedra e cal» na esquerda. Daqui para a frente tudo mudou, à excepção de Cardozo.

 

Petit deverá ser facilmente esquecido, pois Yebda dá mostras que poderá mesmo ser dele o lugar de médio-defensivo, apesar de ter características diferentes. Já Carlos Martins foi o principal responsável pelas transições do Benfica até ao ataque, repetindo vezes sem conta jogadas a rasgar entre o central e o lateral-direito do Feyenoord, fazendo a bola chegar aos pés de Urreta.

 

O jovem uruguaio tem bom toque de bola. Na esquerda, este quase desconhecido de 18 anos movimentou-se bem, rápido, não desistiu dos lances e mostrou que sabe jogar bonito, mas falta-lhe ganhar estaleca. É normal. Ainda esta a assentar poiso em Portugal e no Benfica.

 

Numa equipa que jogou de forma compacta, a defender bem e a ter jogadores rápidos na frente, o Benfica não deixou o Feyenoord jogar. Controlou sempre o jogo, só não conseguiu marcar na primeira parte. Aimar apareceu a espaços e quando se libertou da posição fixa na frente, a servir Cardozo, espicaçou o jogo. O paraguaio ainda atirou ao poste e obrigou Henk Timmer a voar para a melhor defesa do jogo.

 

Benfica: Quim; Maxi Pereira, Luisão, Katosuranis e Léo; Yebda, Ruben Amorim, Carlos Martins, Urretaviscaya; Aimar e Cardozo.
Jogaram ainda: Sidnei, Balboa, Nuno Gomes, Makukula, Nelson, Bynia, Fellipe Bastos, Reyes, Miguel Vitor, Jorge Ribeiro.

Golos: Cardozo (69min)

Cartões Amarelos: Maxi Pereira (56min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

Feyenoord: Henk Timmer; André Bahia, Tim De Cler, Denny Landzaat, Giovanni van Bronckhorst, Luigi Bruins, Jon Dhal Tomasson, Michael Mols, Serginho Greene; Ron Vlaar e Greorgino Wijnaldum.
Jogaram ainda: Danny Buijs, Leroy Fer, Diego Biseswar.

Golos: nada a assinalar.

Cartões Amarelos: Buijs (76min).

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

In: Maisfutebol

© Alvaro Isidoro

 

  • Momentos

 

"2' ISOLADO: Apenas com o guarda-redes pela frente, Ruben Amorim atira ao lado, ainda o jogo não tinha aquecido. Estava frio?", In: Record

 

  • Avaliações

 

"Um grande lance individual aos 2', no qual se isolou para depois atirar por cima. Está a conquistar o seu espaço. Cruzamento espectacular (44') para a cabeça de Aimar. (3)", In: Record

 

"Logo aos 2 minutos, pegou na bola no meio-campo e deu por si isolado. Talvez deslumbrado, disparou por cima. Esteve bem no passe, servindo de exemplo um excelente cruzamento para Aimar (44'). Voltou a deixar indicações positivas.", In: O Jogo

publicado por Frederica às 17:51
link do post | comentar | ver comentários (3)
Sábado, 09 De Agosto,2008

Apresentação aos sócios realiza-se hoje na Luz

  • Antevisão

 

© "Estádio da Luz" - Google Images

 

Será uma cerimónia simples, mas com algumas inovações. A festa tem início marcado para as 19.45h, uma hora antes do início do jogo com o Feyenoord, e terá como ponto alto a apresentação individual dos jogadores. Reyes foi ontem apresentado, mas é possível que joque alguns minutos.

 

No meio-campo estará montado um palco para os receber, tal como a cada membro da equipa técnica. Um pano personalizado com a foto de cada atleta irá descer, através de cabos, até à zona do meio-campo. E tudo indica que a última tarja a fazer a trajectória descendente seja a de José Antonio Reyes, o novo número 6 e o último reforço a juntar-se ao plantel de Quique Flores.

 

É um Benfica diferente, aquele que vai apresentar-se hoje aos sócios, no jogo frente ao Feyenoord, na Luz (20.45h). Nove contratações, mais os regressos de Miguel Vítor e Moretto, os únicos jogadores emprestados na época passada que tiverm direito a figurar no processo de renovação.

 

Muitas foram as saídas (a começar pelo actual director desportivo, Rui Costa, terminando em Petit, hoje no Colónia), pelo que, citando Quique Flores, «é preciso tempo» para a máquina começar a carburar.

 

De qualquer forma, e tal como já aconteceu no Torneio de Guimarães, o técnico prometeu para hoje a maior qualidade de jogo possível. E como condimento especial é possível que José Antonio Reyes jogue alguns minutos - vem com o ritmo da pré-época realizada ao serviço do Atlético de Madrid.

 

Será também a estreia de alguns jogadores no relvado do Estádio da Luz - Sidnei, Yebda, Balboa, Urreta, Aimar e o próprio Reyes, já que Carlos Martins, Jorge Ribeiro e Ruben Amorim ali actuaram, mas na condição de adversários (Sporting, Boavista e Belenenses, respectivamente).

 

In: A Bola

publicado por Frederica às 18:35
link do post | comentar | ver comentários (4)
Terça-feira, 05 De Agosto,2008

Benfica derrota V. Guimarães e ganha troféu

  • Crónica

 

© SLBenfica

 

O Benfica conquistou o Torneio Cidade de Guimarães, arrecadando um troféu com a primeira vitória no legado de Quique Flores (1-2). Em demonstração de tremenda eficácia, o treinador espanhol conseguiu demonstrar as vantagens do 4x4x2 que insiste em colocar sobre o terreno de jogo, mediante constantes adaptações. Com uma contra-ofensiva letal, os encarnados marcaram dois golos na etapa inicial e surpreenderam o Vitória.

 

A presença de Óscar Cardozo acrescenta clarividência atacante, formando uma parceria eficaz com Aimar. Com via aberta pelo lado esquerdo, o entusiasmante Urreta galgou terreno para causas danos irreparáveis na formação local (a chegada de Reyes, anunciada pelo Maisfutebol, aumenta o leque de opções no sector). O Vitória de Guimarães entrara a mandar, como se impunha, e ameaçara em lances de bola parada, mas a pressão redundou num imenso nada. Na etapa complementar, o cerco apertou-se e a formação vimaranense reduziu para a diferença mínima, aumentando os focos de emoção.

 

Desmontando os esquemas tácticos de parte a parte, víamos um projecto em formação e outro que superou expectativas na temporada transacta. No Benfica, o 4x4x2 veio para ficar, obrigando a ajustes e experiências circunstanciais. Pelo centro, a máquina pareceu bem oleada, mas Miguel Vítor e Ruben Amorim saltavam à vista como corpos estranhos à direita. Fecharam o flanco, enquanto os encarnados carregavam pela canhota. Léo nem precisou de subir, pois Urreta estava em todas. Cavou uma grande penalidade, em antecipação a Sereno, e participou no segundo golo, apontado pelo infeliz Mohma após combinação encarnada na área.

 

Em apenas 22 minutos, apesar de algumas ameaças à baliza contrária, o Vitória encontrava-se em branco e já lamentava dois golos sofridos. No seu 4x2x3x1 de sempre, Cajuda via a equipa produzir quanto baste, mas faltava calma para compensar o esforço. A toada manteve-se na etapa complementar. Quando a arte falha, os minhotos recorrem às reservas de esforços e vão de novo à luta. Ao minuto 68, o fluxo bateu na mão de Léo, permitindo a Moreno reduzir a desvantagem.

 

Por essa altura, a qualidade já tinha feito as malas e estava a caminho de casa. Sobravam picardias desnecessárias, faltas em catadupa e um árbitro complacente, num quadro demasiadamente português. É pena. E assim, entre esses episódios nem tanto amigáveis, a equipa da casa foi carregando em direcção ao empate. Belo teste à solidez dos mecanismos defensivos do Benfica. Apesar do sufoco, nota positiva.

 

 

V. Guimarães: Nilson; Andrezinho, Sereno, Moreno e Mohma; João Alves e Flávio Meireles; Carlito, Fajardo e Desmarets; Douglas.
Ainda jogaram: Jean Coral, Luciano Amaral, Marquinho, Roberto, Wénio.

Golos: Moreno (68min g.p.).

Cartões Amarelos: nada a assinalar.

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

Benfica: Moreira; Miguel Vítor, Sidnei, Luisão e Léo; Ruben Amorim, Carlos Martins, Katsouranis e Urreta; Aimar e Cardozo. 

Ainda jogaram: Bynia, Nuno Gomes, Nélson, Fellipe Bastos.

Golos: Cardozo (13min g.p.), Mohma (22min p.b.).

Cartões Amarelos: nada a assinalar.

Cartões Vermelhos: nada a assinalar.

 

In: Maisfutebol 

  • Avaliações

 

"Uma das surpresas reservadas por Quique Flores e claramente uma aposta ganha. É verdade que não conseguiu, na segunda parte, manter os níveis registados até ao intervalo mas foi claramente um dos mais profícuos da noite. Logo, pela acção directa nos dois golos, especialmente no primeiro, com um passe para Urreta que foi assim uma espécie de intervenção divina para os encarnados. Foi perdendo algum fulgor na direita e aceita-se a substituição a pouco mais de 20min do final do encontro.", In: Record

 

"A ESTRELA

Uma agradável surpresa aos olhos dos adeptos encarnados, que só poderiam ficar espantados se não acompanhassem já o trajecto do médio no Belenenses. Encostado à direita, fez o seu melhor jogo desde que chegou à Luz. Sempre solícito, rasgou a defesa vimaranense no lance que acabaria por levar Urreta a ser carregado em falta na grande área e também foi seu o passe para Cardozo que redundou no segundo tento encarnado. Defendeu bem, atacou melhor e, desta feita, deixou as quatro linhas com um sorriso nos lábios.", In: O Jogo

 

"Surpreendente o facto de ter actuado junto à linha, mas o jogador fez uso de toda a sua inteligência táctica para fechar bem o flanco (preciosa ajuda a Miguel Vítor) e para procurar Katsouranis, Martins e Aimar de forma a criar desequilíbrios em zonas interiores. E foi assim que, aos 11’, isolou Urreta num lance que originaria a grande penalidade que resultou no primeiro golo, e que, aos 20’, encontrou Cardozo isolado para o lance do 0-2. Pode não ter brilhado tanto como Aimar ou Martins, mas revelou-se decisivo… e a partir da direita.", In: SLBenfica.pt

 

  •  Declarações

 

«Estou a ganhar o meu espaço»

 

Um triunfo sabe sempre bem, sobretudo quando significa a conquista de um troféu. Só que Ruben Amorim destacou "as melhorias do Benfica" no decorrer das últimas semanas, além da "assimilação das ideias do novo treinador". Uma missão que está a ser cumprida, nomeadamente em termos pessoais. "Tenho lido que estaria longe de um lugar na equipa, mas, na verdade, tenho vindo a conquistar o meu espaço e estou a melhorar", sustentou.

 

Mesmo com os encarnados afastados da Liga dos Campeões, Ruben Amorim diz que "ninguém pode ficar triste por estar no clube" da Luz e "todos os jogos são encarados para ganhar, quer nas competições nacionais, quer na Taça UEFA". A terminar, ficou um rasgado elogio para o futuro reforço: "O Reyes é mais um bom jogador para o Benfica."

 

In: O Jogo

publicado por Frederica às 16:22
link do post | comentar | ver comentários (3)