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O Benfica parece alérgico à liderança. Depois do desaire na Trofa, a equipa de Quique Flores voltou a mostrar que tem dificuldades em assumir o estatuto de líder, ainda que desta vez não tenha perdido. O jogo com o Belenenses foi aguerrido, com boa entrega de parte a parte, mas faltou clarividência para chegar ao golo, sobretudo às «águias», a equipa a quem menos agrada o empate final.
Com muita chuva e vento no Restelo, os guarda-redes cedo perceberam que a noite não seria fácil. A primeira defesa foi de Moreira (2m), apertada, por sinal, após remate de Zé Pedro. Logo a seguir um erro de Júlio Cesar, que colocou uma bola nos pés de Aimar. O argentino apareceu isolado, mas depois permitiu a defesa do guarda-redes.
O número dez do Benfica estava endiabrado, confirmando que está em crescendo de forma, e até ao intervalo ainda esteve perto de marcar em duas ocasiões. Primeiro com um grande pormenor individual, a tirar um defesa do caminho e a aparecer isolado, mas rematando novamente à figura (10m). Mais tarde foi lesto a corresponder a um cruzamento de Maxi Pereira, que desviou num defesa, mas o cabeceamento saiu ligeiramente por cima (38m). Entre um e outro lance, o Belenenses equilibrou a balança, embora sem incomodar muito Moreira. A melhor ocasião da equipa da casa, no primeiro tempo, nasce de um erro de David Luiz, que entrega a bola a Zé Pedro, que cruza para a área, mas Wender falha o desvio de calcanhar (22m).
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Começar a todo o gás e acabar com nervos
No segundo tempo o Benfica entrou muito forte, e logo quinto minuto teve uma soberana oportunidade para marcar. Di María isolou Suazo, mas o hondurenho não soube controlar a velocidade e ao tentar contornar Júlio César acabou por simular uma grande penalidade. Pouco depois Maxi Pereira culminou uma bela jogada individual com um remate de pé esquerdo, mas o guarda-redes do Belenenses não quis ficar atrás e respondeu com uma grande defesa.
Pacheco percebeu que o lado direito da sua defesa estava a fraquejar, e trocou Baiano por Cândido Costa. Quique respondeu com Reyes no lugar de Ruben Amorim. Tal como no primeiro tempo, o Belenenses aguentava o ímpeto inicial e depois equilibrava a balança. Suazo e Di María estavam em noite pouco produtiva, enquanto que Aimar, que tinha estado em evidência na etapa inicial, começava a desaparecer do jogo, até ser substituído por Nuno Gomes. A treze minutos do fim o 21 ainda colocou a bola no fundo da baliza, após cruzamento de Reyes, mas em posição irregular.
O Benfica, já com Carlos Martins em campo, parecia querer acabar o jogo junto à área do Belenenses, mas a oito minutos do fim Miguel Vítor comete um erro e depois vê-se obrigado a cometer falta sobre Marcelo. Acabou por ver o segundo cartão amarelo e consequente vermelho. Os derradeiros momentos do jogo foram de nervos, com o Belenenses à espreita de algo mais do que o empate, mas também sem conseguir revelar arte para desfazer o nulo.
In: Maisfutebol
Belenenses: Júlio César; Baiano, Carciano, Rodrigo Arroz e Tininho; Mano, Diakité e José Pedro; Silar, Marcelo e Wender.
Ainda jogaram: Cândido Costa (Baiano, 54min), Maykon (Wender, 70min), Porta (Marcelo, 83min).
Golos: nada a assinalar.
Cartões Amarelos: Baiano (31min), Júlio César (38min), Rodrigo (45min), Diakité (47min), Porta (85min), Tininho (90min).
Cartões Vermelhos: nada a assinalar.
Benfica: Moreira; Maxi Pereira, Luisão, Miguel Vítor e David Luiz; Yebda e Katsouranis; Ruben Amorim; Aimar e Di María; Suazo.
Ainda jogaram: Reyes (Ruben Amorim, 57min), Nuno Gomes (Aimar, 67min), Carlos Martins (Di María, 72min).
Golos: nada a assinalar.
Cartões Amarelos: David Luiz (35min), Luisão (41min), Suazo (50min), Katsouranis (52min), Miguel Vítor (59min e 83min).
Cartões Vermelhos: Miguel Vítor (por acumulação de amarelos aos 59min e 83min).
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"Inteligente na forma como ocupou os espaços, a defender e a atacar, mas também como seguirou e soltou a bola. Bom cruzamento (38'), que Aimar concluiu de cabeça. (3)", In: Record
"Não foi feliz no regresso ao Restelo. Bastante apático, limitou-se na maior parte das vezes a entregar a bola ao colega mais perto, sem dar produndidade ao jogo encarnado. (4)", In: O Jogo
© Alvaro Isidoro
Ruben Amorim deixou saudades no Restelo
Ruben Amorim teve ontem uma recepção especial no Restelo. O locutor de serviço pediu um aplauso para o jovem médio antes do pontapé de saída. O médio, que estava lesionado mas recuperou a tempo de jogar, representou o Belenenses durante cinco épocas.
In: O Jogo