© Infordesporto
O Benfica garantiu este domingo o terceiro lugar na Liga Sagres depois de ter vencido em Braga (algo que não acontecia desde 2004), por 1-3.
A formação "encarnada" apresentou alguns dos seus melhores momentos de futebol da temporada e uma atitude de elevada nobreza e combatividade.
Um grande Benfica que cedo resolveu a contenda a seu favor e que teve em três sul-americanos personagens principais na excelência do seu futebol.
Entrada de águia
A vitória benfiquista começou a ser desenhada logo aos seis minutos.
Só na imaginação de Cardozo, um passe longo de Katsouranis, que parecia estar à mercê de Eduardo, poderia vir a dar golo. Mas o paraguaio meteu na cabeça que podia ser feliz e o golo (o 16.º do paraguaio) tornou-se mesmo realidade ante a vista de todos. Prenúncio de um Benfica demolidor.
© Infordesporto
As entradas de Moreira, Miguel Vítor, Jorge Ribeiro, Katsouranis e Reyes no "onze" parece ter beneficiado a equipa que soube sempre controlar o jogo e, nas alturas certas, acelerar de forma a colocar em causa a defesa bracarense. É certo que Eduardo deu uma "ajudinha" quando, aos 12', realizou um passe mortal que foi interceptado por Di María que, após sentar o guardião, atirou de trivela para o segundo tento. É certo que tal erro muito decidiu, mas não espantou que, à passagem do primeiro quarto de hora, já o Benfica vencesse por 0-2. É que a entrada em cena da águia tinha sido devastadora para um conjunto da casa que tentava tudo para neste jogo atacar o terceiro lugar.
Segundo acto
É certo que na fase final da primeira parte até coube aos bracarenses ter algumas oportunidades de valia, mas Moreira opôs-se com mestria às tentativas de Evaldo e de Alan. E assim o guardião garantiu a necessária tranquilidade colectiva na abordagem à segunda parte. E o início da etapa complementar trouxe a extensão daquele explosivo início de jogo. A águia voltou a voar de forma picada sobre o último reduto bracarense e fez o 0-3. Uma brilhante recuperação de bola de Di María que, de calcanhar, serviu Urreta. O paraguaio (que entrara na madrugada do jogo após a saída forçada do lesionado David Luiz) respondeu à letra e, após ultrapassar, com classe, o recém-entrado Rodríguez, atirou para o fundo das redes.
© Infordesporto
Urreta que, pouco depois, serviu Cardozo com um belo centro, vendo o paraguaio cabecear ao poste. Resposta forte de um Benfica que viu, após o seu terceiro golo, o Braga criar um lance de muito perigo, num remate cruzado de Alan para defesa de Moreira. Mas também viu Artur Soares Dias ter uma decisão estranha, ao não expulsar Luís Aguiar, que agrediu Katsouranis com uma entrada por trás. O mesmo árbitro que expulsou Yebda, com dois amarelos relativos a faltas vulgares, pouco depois. Que ricos critérios...
Ainda assim, o mesmo Sp. Braga que não perdia desde Fevereiro e que vinha apresentando um futebol espectacular, não conseguiu virar a tendência do jogo e, domado por um Benfica irrepreensível e batalhador, sentiu-se atado na hora de construir jogo. Só mesmo uma grande penalidade a punir um suposto agarrão (fica a questão da intensidade) de Miguel Vítor sobre Alan, aos 89', deu aos bracarenses o golo de honra. Mas nessa altura já há muito a vitória era benfiquista e o terceiro lugar na Liga também.
In: SLBenfica.pt
Sp. Braga: Eduardo; João Pereira, Frechaut, Leone, Evaldo; Filipe Oliveira, César Peixoto, Mossoró; Alan, Paulo César, Rentería.
Ainda jogaram: Rodriguez (Mossoró, 46min), Luis Aguiar (Filipe Oliveira, 46min), Matheus (César Peixoto, 62min).
Golos: Luis Aguiar (90min).
Cartões Amarelos: Mossoró (26min), João Pereira (30min), Filipe Oliveira (32min), Paulo César (83min), Rentería (88min).
Cartões Vermelhos: -
Benfica: Moreira; Miguel Vítor, Sidnei, David Luiz, Jorge Ribeiro; Katsouranis, Maxi Pereira, Ruben Amorim, Reyes; Di María, Cardozo.
Ainda jogaram: Urreta (David Luiz, 12min), Yebda (Katsouranis, 56min), Carlos Martins (Di María, 70min).
Golos: Cardozo (7min), Di María (13min), Urreta (47min).
Cartões Amarelos: Reyes (16min), Moreira (32min), Ruben Amorim (50min), Yebda (62min, 67min), Urreta (78min), Miguel Vítor (89min).
Cartões Vermelhos: Yebda (acumulação amarelos aos 62min e 67min).
"Solidário até ao tutano, galgou milhas na tentativa na tentativa de amordaçar os opositores. Tacticamente evoluído, lutou até à última pinga de suor. (3)", In: Record
"Quem sabe se inspirado pelo treinador que estava do outro lado, mostrou todas as suas qualidades. Foi decisivo a defender, anulando as principais armas do meio-campo bracarense, conseguindo ainda colocar sempre a bola jogável para os seus colegas mais adiantados. (7)", In: O Jogo
Reencontro
Jesus parecia à deriva no relvado, na despedida do Braga do AXA. Ruben Amorim, seu ex-pupilo, foi o primeiro a cumprimentá-lo.
In: O Jogo