Benfica vence (3-1) V. Guimarães no regresso de Ruben Amorim
- Crónica
© Daylife
Afinal a tradição já não é o que era. Quatro anos depois o Benfica conseguiu vencer o V. Guimarães na Luz (3-1). Por outro lado, ainda não foi desta que os encarnados perderam em casa. Mantém-se a invencibilidade das águias no seu recinto em jogos da Liga - têm sete vitórias e um empate.
A primeira parte não foi bonita, mas teve luta e raça. Não se pode dizer que uma coisa compense a outra, mas sempre atenua a «desilusão» perante a falta de lances de (verdadeiro) perigo e (mais) golos.
Aimar, que fez uma boa exibição, inaugurou o marcador aos 17 minutos. O argentino teve alguma felicidade, já que estava a tentar desmarcar Cardozo, mas a bola foi-lhe devolvida ao embater no corpo de um adversário. Mas isso não retira mérito ao jogador, até porque os encarnados mostraram dificuldades em ultrapassar a muralha defensiva minhota.
© Daylife
O V. Guimarães tentou apostar mais no contra-ataque e cometeu alguns erros que podiam ter saído caros. As faltas (de jogadores de ambas as equipas) foram uma constante e as paragens retiraram ritmo ao jogo, em determinados momentos. Mas, ainda assim, o V. Guimarães empatou. Aos 32 minutos Nuno Assis marcou. Douglas entrou bem, pela esquerda, e colocou em João Alves que ofereceu o golo ao «10» dos vimaranenses.
A segunda parte começou com velocidade e oportunidades para as duas equipas. Primeiro foi Marquinho a testar Quim, depois foi Carlos Martins a colocar a formação da casa em vantagem. O camisola 17 rematou certeiro, depois de bom trabalho de Aimar, aos 50 minutos.
Passados sete minutos, Douglas perdeu uma grande oportunidade para empatar a partida, depois de um centro de Desmarets. O V. Guimarães reagiu bem ao golo do Benfica e não desistiu de, pelo menos, arrancar uma igualdade na Luz.
© Daylife
Uma bomba na hora certa
Minuto 59, Carlos Martins decidiu tentar um dos «seus remates» de longe. O pontapé, uma «grande bomba», não deu hipóteses de defesa a Nilson, que sofreu o terceiro golo da noite.
Apesar da desvantagem, os vimaranenses não desistiram e continuaram a lutar pelo golo até ao apito final. Aos 63 minutos, Luisão quase fez autogolo e, quatro minutos depois, Nuno Assis quase bisou. Aos 70 valeu o corte de Luisão para evitar o golo de Roberto.
Os encarnados terminaram com dez elementos, depois da expulsão de Carlos Martins. Jorge Jesus parecia preparar-se para substituir o médio, mas, se era essa a sua intenção quando chamou Ruben Amorim, já não foi a tempo. O camisola 17 viu o segundo amarelo e foi mais cedo para os balneários.
O Benfica garantiu uma importante vitória frente a um V. Guimarães que não lhe facilitou a vida. Em termos gerais, pode dizer-se que se assistiu a um jogo interessante na Luz (sobretudo na segunda parte). A prestação mais pobre pertenceu mesmo ao árbitro, Elmano Santos. Fica a ideia de que falhou em algumas decisões - falhas que podiam ter levado à expulsão de jogadores.
Recorde-se que este resultado volta a colocar o Benfica em igualdade pontual com o Sp. Braga, que venceu o Sporting no jogo de arranque da 17ª jornada.
In: Maisfutebol
© Daylife
Benfica: Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Fábio Coentrão; Javi Garcia; Carlos Martins, Pablo Aimar, Di María; Saviola, Cardozo.
Ainda jogaram: Ruben Amorim (Pablo Aimar, 73min), Éder Luís (Saviola, 75min), Kardec (Cardozo, 88min).
Golos: Pablo Aimar (17min), Carlos Martins (50min, 59min).
Cartões Amarelos: David Luiz (26min), Carlos Martins (43min, 71min), Fábio Coentrão (63min).
Cartões Vermelhos: Carlos Martins (71min, acumulação de amarelos).
V. Guimarães: Nilson; Alex, Moreno, Valdomiro, Leandro Silva; Custódio, João Alves; Targino, Nuno Assis, Desmarets; Douglas.
Ainda jogaram: Marquinho (Targino, 35min), Fábio Felício (Leandro Silva, 64min), Roberto (Alex, 69min).
Golos: Nuno Assis (32min).
Cartões Amarelos: Leandro Silva (19min), Douglas (21min), Moreno (40min), Valdomiro (75min).
Cartões Vermelhos: -
- Avaliações
© Isabel Cutileiro
"Entrou com uma dupla missão, após a expulsão de Carlos Martins. Deu consistência e poder de luta ao meio-campo sem nunca esquecer a possibilidade de manter vivo o ataque. (1)", In: Record
"Voltou à competição após longa ausência e acabou por ser importante na defesa da vantagem por dois golos, dando mais consistência ao meio-campo. (5)", In: O Jogo