O bombeiro de Jorge Jesus
- Fora das quatro linhas
© Isabel Cutileiro
Ingrata, mas também favorável, esta vida de bombeiro na equipa de Jorge Jesus. A cada problema no onze dos encarnados, lá aparece Ruben Amorim, sempre disponível para resolver o problema.
Por um lado, é bom para o jogador, que tem assim a oportunidade de acumular minutos na equipa do Benfica, usufruindo da sua anormal capacidade para manter um rendimento de qualidade em versões tão distintas do posicionamento em campo como sejam as tarefas de médio-centro, médio-direito ou lateral-direito.
No futebol moderno, como tantas vezes Jorge Jesus, treinador dos encarnados, tem sublinhado, a polivalência, a possibilidade de executar funções díspares em campo é um trunfo assinalável, aspecto que faz de Ruben Amorim um jogador muito importante no plantel benfiquista. Mais a mais, o português tem de lidar com uma situação difícil, que passa pelo facto de as suas posições favoritas no terreno, quer ao centro, quer à direita do meio campo, estar em ocupadas por dois dos mais importantes jogadores do Benfica de Jesus: Javi García e Ramires.
Ruben pronto para todo o serviço
E mesmo em relação à posição de defesa-direito, que Ruben Amorim ocupa bem, mas com sacrifício, sem o mesmo gozo que sente quando actua mais adiantado, há problemas: é que Maxi Pereira é dono indiscutível do lugar, não dando, normalmente, a menor hipótese de ser contestado, dado que não só joga quase sempre bem, como igualmente passa ao lado de lesões e castigos.
Foi, no entanto, por uma excepção à regra, aquela lesão ainda na pré-temporada do uruguaio, caso muito raro, que Ruben Amorim teve a oportunidade de jogar quatro rondas da Liga, as primeiras quatro, dado que em Leiria já houve Maxi Pereira.
In: A Bola